domingo, 4 de novembro de 2007

Presentinhos de Deus....

Há dias, aconteceu-me algo extraordinário, tendo em conta os dias que correm. Apetece-me partilhá-lo convosco.

Uma amiga emprestou-me um livro de que gostei muito. Quando tal me acontece, tento sempre adquirir um exemplar, para voltar a lê-lo mais tarde. Disse-me ainda a minha amiga que havia um segundo livro do mesmo autor, continuação do primeiro e também muito belo, mas que ela não o tinha.

Assim, fui a uma livraria e, depois de muito procurar, encontrei o último exemplar do primeiro livro e, claro, comprei-o. Mas do segundo, nada! Estava esgotado. Não se sabia quando voltariam a tê-lo.

O meu grande desejo de ler o segundo, levou-me a contactar com a Editora para saber se o tinham. Disseram-me que sim, que ainda tinham em stock.

Entretanto, lembrei-me que, muito em breve, teria que dar uma prenda a dois amigos meus, que por sinal também gostam de ler, e pensei que dois conjuntos do primeiro e do segundo livros seriam o ideal.

Resolvi então pedir ao senhor que me atendeu, o favor de me enviar para a minha morada, à cobrança, os quatro livros. Qual não foi o meu espanto quando, do outro lado, ele me disse que não me enviava nada à cobrança, que eu lhe desse a minha morada, que ainda nesse mesmo dia mos despachava e que eu, depois, lhe mandava o cheque!!

Pensei que não estava a ouvir bem! Não me conhecia de lado nenhum! Que garantia tinha ele de eu lhe enviar o pagamento? Seria melhor à cobrança. Que não, não senhora, que a minha voz era de uma pessoa de confiança e que mos remetia ainda nesse próprio dia e que o cheque podia ser enviado mais tarde.

Perante tanta insistência, perguntei, simpaticamente, o nome do senhor que me estava a atender: Francisco de Assis, respondeu. Fiquei estupefacta! Ainda me passou pela cabeça que fosse a brincar! Mas não: era esse o seu nome.

Em jeito de brincadeira, disse-lhe então que o seu nome fazia jus à atitude e ao Santo, ao que ele me reconfirmou:
“Então com um nome destes, poderia lá eu enviar-lhe os livros à cobrança, minha senhora?!”

E assim foi. Três dias depois, recebi os livros, juntamente com um outro de oferta com que muito gentilmente me presenteou. Claro que, lhe enviei o pagamento na volta do correio, agradecendo o gesto e a confiança em mim depositada.

Apesar dos dias que correm, em que meio mundo desconfia da outra metade, é uma bênção ainda haver pessoas como o Sr. Francisco de Assis! Deus, de vez em quando, presenteia-nos assim....

Até breve.
Abraço da Golfer