segunda-feira, 10 de março de 2008

Oração: força motriz do Amor ao próximo

Quaresma
D. José Policarpo e a importância da oração
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No quinto domingo da Quaresma, o Cardeal Patriarca considera que “só na oração contínua orientada para Deus é que é possível dar sentido à existência humana”.
D. José Policarpo explicou que esta é uma das formas de tornar o ser humano capaz de construir a paz e ser sinal de esperança para o mundo.
“Rezaremos tanto melhor quanto mais presente estiver, no íntimo da nossa alma, a orientação para Deus. Quanto mais a referida orientação constituir a base de apoio de toda a nossa existência, tanto mais havemos de ser homens de paz; tanto mais seremos capazes de suportar a dor, de compreender os outros e de nos abrirmos a eles. A esta orientação que impregna toda a nossa consciência, a esta presença silenciosa de Deus na base do nosso pensar, meditar e ser, chamamos «oração contínua». E, no fundo, é também isso que entendemos quando falamos de «amor de Deus»; ao mesmo tempo é a condição mais íntima e a força motriz do amor ao próximo”, disse.
Na Sé de Lisboa, o Cardeal reforçou ainda que mais do que um rito, a celebração da eucaristia é acção do próprio Jesus Cristo.
D. José Policarpo alertou para alguma pobreza que às vezes se nota nas celebrações criada pelo modo deficiente como são preparadas.
“A celebração da Eucaristia é o momento mais exigente da verdade da Igreja. Ela é mais que um rito; antes de ser acção da Igreja é acção do próprio Jesus Cristo, Palavra eterna de Deus, que comunica ao coração da Igreja a Palavra que Deus tem hoje para lhe dizer. Mas para o acolher a Ele, Palavra viva, a Igreja precisa de começar por escutar a Escritura. O modo como se cuida a proclamação da Palavra na celebração da Eucaristia, condiciona a própria comunhão eucarística. E a pobreza das nossas celebrações começam exactamente por aí, pela maneira como se proclama e acolhe a Palavra”.
D. José Policarpo lembrou um ensinamento do Concílio Vaticano II: “Na celebração da Liturgia, a Sagrada Escritura tem grande importância. É dela que são tirados os textos que se lêem e a homilia explica, bem como os Salmos que se cantam; é sob a sua inspiração e no seu élan que as orações, as súplicas e os hinos litúrgicos foram surgindo; é dela que as acções e os símbolos recebem o seu significado”.
Nesta celebração, o Cardeal Patriarca reafirmou o que já tinha dito na semana passada: “É importante saber ler e escutar a palavra de Deus” e deixou um apelo: É importante que os cristãos valorizem sempre o sentido da oração pessoal e comunitária.
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Até breve.
Abraço da Golfer